Teologia da Perfeição Cristã - Antonio Royo Marin O.P.
Teologia da Perfeição Cristã - Antonio Royo Marin O.P.
• 5ª edição •
Capa dura. 16cm×23cm
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Sinopse
Escritor de uma das obras de teologia espiritual mais importantes do século XX – a Teologia da Perfeição Cristã –, o pe. Antonio Royo Marín é herdeiro de uma tradição tomista e erudita, tendo antes de si grandes mestres da vida espiritual. Com notável lucidez, ordenada exposição e fidelidade aos princípios da teologia da graça, soube como nenhum outro explicar a mística e sua relação com o desenvolvimento da vida da graça, por vezes de difícil compreensão, pela distância temporal dos ‘clássicos’ e pela própria natureza dos escritos inflamados de amor. A par da riqueza espiritual e até poética, por exemplo nos escritos de uma Santa Teresa de Ávila, de um São João da Cruz, grandes doutores místicos da Igreja, estes escritos permaneciam no máximo como conselhos úteis, mais ou menos esparsamente aproveitados pelo cristão medianamente informado. A riqueza legada por estes e outros tantos santos permanecia de certa maneira inacessível à prática cristã. No entanto, ao longo dos séculos, o desenvolvimento orgânico da teologia ascética e mística, reacendeu o interesse nas obras destes autores espirituais. Tendo como predecessores, pe. Arintero, pe. Garrigou-Lagrange, entre outros, da mesma ordem dos pregadores, aprofundou e desenvolveu a compreensão, à luz do pensamento de Santo Tomás de Aquino, de toda a espiritualidade católica. O resultado é esta obra monumental, tanto em profundidade, quanto em extensão.
Sobre o conteúdo da Teologia da Perfeição Cristã, é uma obra tanto teórica quanto prática. Como prática? Vivemos o século do materialismo, do naturalismo, do americanismo e do nada; no extremo oposto uma espiritualidade romântica, sentimental e vazia de doutrina. Doutrina é aquilo que revela aspectos da verdade, ordenadamente, cuja compreensão, em se tratando do Sumo Bem, a menor verdade alcançada causa em nós uma suma alegria e felicidade. De fato, se já ouvimos falar em edifício espiritual, quem realmente viu tal edifício, no sentido de conceber assim a vida da graça? Quem consegue conceber a grandeza da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, sentir organicamente a vertigem pelo vislumbre de suas grandezas? Quando o autor explica a graça santificante e seus princípios operativos, as virtudes e os Dons do Espírito Santo, e a relação destes com as bem-aventuranças evangélicas, suas relações mútuas e seus graus em relação à santidade, então percebemos o quão formoso e altíssimo é o tal edifício espiritual. Somente então, muito palidamente, estremecemos com o vislumbre da ordem da glória, aquilo que receberemos após a morte se perseverarmos até o fim, cujos bens são infinitamente superiores aos da ordem da graça, mas relacionados a eles.
Mas o livro não é mera descrição, ainda que bem ordenada, do edifício espiritual. Versa sobre os meios para se subir de degrau em degrau no castelo interior da graça. Os meios ordinários e habituais, cada qual com suas características, exemplos da vida dos santos, importância e efeitos: os sacramentos, a vida de oração, até os meios secundários, não menos importantes, tanto internos (psicológicos, fisiológicos) até os externos (leituras, amigos!, direção espiritual por sacerdotes).
A parte quarta dessa obra, poder-se-ia dizer até mesmo curiosa, abordando os fenômenos místicos extraordinários que acompanham com freqüência a vida dos santos: êxtases, levitações, milagres, e até bilocação!, entre outros. Interessantes explicações científicas e critérios para discernir o que vem a ser a ação de dons extraordinários, que visam ao bem do próximo, da sutil e enganadora obra do demônio, do qual distingue ainda as ações típicas da tentação, da obsessão e da possessão.
Existem atualmente diversos grupos de estudo utilizando este livro, com foco não na erudição senão na santificação pessoal. O autor mesmo sugere que aborreçamos a Deus com nossas súplicas como meio eficaz de fazer descer do céu as copiosas graças que Ele certamente quer derramar, principalmente aos humildes e simples, que “escutam Sua Palavra e a põe em prática” (Lc 11,28). Tal é a importância desta obra. Ela faz parte de um longo plano de reconquista, de alicerce firme: a súplica pela graça de Deus para Sua própria glória e para o bem da Santa Igreja.
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